Um dos dramaturgos mais importantes do século XX, Samuel Beckett é um escritor dos limites. Escrever no limite da arte, no limite do teatro, no limite do pensamento, no limite da linguagem. Suas obras, compostas de fragmentos e zonas nebulosas, em alguns momentos parecem ainda não ter começado ou, desde a primeira frase, já estarem precipitando o próprio fim. Seja no horizonte de Esperando Godot, Fim de Partida ou no romance Molloy, Beckett nos faz uma exposição das sombras e nos oferece, ao lado de suas personagens, uma obscura e indefinível companhia.
Este também é o caso da obra Companhia: um homem está deitado no chão, no escuro, e ouve uma voz. A sua? De outro? De quem? Mais uma vez no limite da linguagem, Beckett mantem-se na fronteira entre quase não existir, lembrar e viver.
Confira 11 frases e ilustrações desta obra:
Editora: Francisco Alves, 1982