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Cinema

Moonlight: pintar nossa aldeia para pintar o mundo

por Nota Terapia 19 de março de 2017
por Nota Terapia 19 de março de 2017 0 comentário

Em 1990, reunido com um grupo de universitários de Nova York, Martin Luther King III, filho mais velho do líder da luta pelos direitos civis da comunidade afroa-americana nos Estados Unidos, declarou que “algo pode estar errado” com gays e lésbicas porque “qualquer homem que tenha o desejo de estar com outro homem tem um problema, na minha opinião. E isso também se aplica a qualquer mulher que tenha o desejo de estar com outra mulher”. Naquela época, ativistas LGBTs demonstraram indignação com a declaração e solicitaram um encontro com Martin, que pretendia dar continuidade à carreira política de seu pai, para poderem dialogar sobre as suas declarações homofóbicas. Após o encontro, Martin Luther King III se retratou publicamente e declarou que aquela havia sido uma declaração “desinformada e insensível”. O mais sintomático desse incidente, entretanto, é perceber o lugar negativo que a diversidade sexual ocupava naquela época, inclusive por se tratar de uma pessoa dedicada ao respeito aos direitos humanos. E, surpreendentemente, do outro lado da moeda, acontecia algo parecido: a comunidade LGBT estadunidense vinha desenvolvendo um ativismo branco e de classe média como estratégia equivocada de assimilação para construir uma imagem “positiva”, que no fim das contas acabava sendo mais excludente do que inclusiva. O movimento queer, que nesse momento obteve maior relevância social, colocou em xeque algumas ideias e formas de representação da diversidade sexual por parte da cultura oficial LGBT para acabar com as distâncias que haviam entre, até aquela época, práticas políticas, sociais e estéticas. Tudo isso, vale lembrar, acontecia na era pré-internet, em centros urbanos como a cidade de Nova York e, portanto, tinha pouca ou quase nula aderência e capilaridade entre as muitas regiões periféricas marginalizadas onde esse conflito asfixiava a vida diária de muitas pessoas. Em 1990, Barry Jenkins e Tarell Alvin McCraney, diretor e roteirista de Moonlight, respectivamente, moravam em um bairro pobre e negro de Miami chamado Liberty City, onde se viam rodeados por pessoas que, embora pensassem exatamente como Martin Luther King III, nunca pediram desculpas ou se retrataram, mas impuseram suas ideias à força de uma violência cada vez mais expansiva.

Tarrell Alvin McCraney: vida & obra

Tarrell Alvin McCraney tornou-se, na última década, um dramaturgo prestigiado e premiado, chegando a realizar um período de residência na Inglaterra integrando a Royal Shakespeare Company, e suas obras estrearam simultaneamente em Nova York e em Londres. Quando escreveu a peça In Moonlight Black Boys Look Like, obra autobiográfica, como projeto acadêmico, foi a primeira vez que utilizou-se da sua infância queer em Liberty City como base para sua criação. Até esse momento, a ficção havia funcionado como um refúgio em suas obras e como um modelo para pavimentar a sua carreira; agora, a violência de suas memórias de criança, que crescera em um bairro marginalizado ameaçada pela violência por conta da sua sexualidade, se impunha em sua escrita. Mas a obra permaneceu inédita, engavetada, como um desvio, como um testemunho arquivado – já que não havia sequer uma tradição de representar a cidade de Miami dessa forma.

Além disso, a peça era bastante irregular, parecia se passar em um ponto intermediário entre um roteiro cinematográfico e um texto teatral, de modo que continuou sem ver a luz do sol durante anos. Até que o jovem cineasta Barry Jenkins se deparou com ela enquanto realizava algumas pesquisas para a sua primeira produção, Medicine For Melancholy, de 2008, e assim nasceu a semente de seu segundo filme, que demoraria oito anos para ser feito, já que desde o início a obra já tinha mostrado toda a sua complexidade. O problema seria a impossibilidade de conseguir financiamento para uma produção que retrata a violência e a marginalidade de ser pobre, negro e gay a partir de uma narrativa que fundia o distanciamento e a estilização, com uma progressão dramática pouco convencional. No entanto, dentro da própria indústria cinematográfica comercial surgiu uma possibilidade inesperada: a produtora de Brad Pitt se interessou em financiar o filme. Enquanto tentava arrecadar o dinheiro necessário para o projeto, Barry Jenkins nunca havia pensado nessa possibilidade, mas talvez tenha sido hollywodiano o ator quem vislumbrou o que aconteceria em seguida: depois de sua estreia no ano passado, o filme foi um sucesso imediato de crítica e logo começaria a ser premiado em festivais, incluindo o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cinema de Mar del Plata e, por fim, as indicações a 8 categorias no Oscar deste ano: dos subúrbios mais marginalizados de Miami em direção ao topo de Hollywood; de ser uma obra praticamente morta, literalmente fechada em uma caixa, a estar no centro das apostas pelas estatuetas mais valorizadas pelo glamour da indústria cinematográfica. Um caminho que tem a cara de um épico cinematográfico, como alguns dos filmes protagonizados por Brad Pitt, mas que ironicamente não possui sequer uma estrela mainstream diante das câmeras: o que há em Moonlight, pelo contrário, é a luz de uma lua que ilumina outras realidades.

Dando visibilidades

Embora não tenham se conhecido durante a infância e a adolescência, o diretor Jenkins e o roteirista McCraney moraram no mesmo bairro e frequentaram os mesmos colégios em Miami, e uma das primeiras ideias desse projeto em conjunto foi justamente voltar a esse espaço, às ruas de suas infâncias em comum, para filmarem em locações marginais que não são comumente representadas no cinema. Uma Miami inédita, que está longe de uma espécie de Flórida rodeada por praias brancas e cristalinas. Voltar às ruas de Liberty City, no entanto, não apenas implicava em usar um bairro pobre como fundo de tela, mas em incorporar vozes que há muito se veem marginalizadas, que nunca foram amplificadas por um protagonista. “A comunidade local realmente tomou as rédeas da produção. A primeira voz que pode ser escutada no filme não é de um dos nossos atores, não é de Mahershala Ali, mas de um menino que foi a um centro comunitário na audição aberta que fizemos. Acho que isso deixa uma marca no filme”, comenta o diretor Jenkins. Primeiro a voz da rua, a que abre e conduz a narração, a palavra de um menino que logo ecoará em outras vozes para fazer um retrato comunitário, nunca centrado em apenas uma voz, mas em um diálogo em conjunto, coletivo.

Visibilizar a pluralidade é um dos desafios de Moonlight, se pensarmos naquilo que Trumam Capote chamou de “outras vozes, outros lugares”. De acordo com Jenkins, em entrevista, os habitantes do bairro “nunca imaginaram que entrariam em um cinema e se veriam na tela. Quando se tem esse nível de falta de representatividade, de carência de imagens, podem acontecer duas coisas: ou começamos a sentir que não temos voz, ou as pessoas que não vivem perto de você podem começar a pensar que você não existe, que é invisível. Quando surgem imagens que suprem essa falta, elas adquirem uma importância fundamental”.

“Uma comunidade é tão forte quanto as histórias que conta de si mesma”, comenta McCraney, por sua vez, que atuou como roteirista do longa, e que nunca havia retratado o seu passado em Miami, mas que agora tem dois ou três projetos em andamento que se passam a poucos quarteirões do bairro em que foi criado. “As pessoas dizem: ‘já estive em Miami, e isso não é Miami’. Alguns, inclusive, me disseram literalmente ‘mas não há muitos negros em Miami’. A Flórida é o terceiro maior estado em termos de população negra dos Estados Unidos, embora seja óbvio que ninguém se dê conta disso se se basear apenas em fotos de Orlando”, comentou o roteirista em entrevista, acrescentando: “É importante sermos representativos como pessoas de comunidades e não termos essa ideia xenofóbica de viver em um mundo homogêneo”.

A palavra xenofobia, como muitas provenientes dos conflitos retratados pelo filme, ganharam um peso ainda maior depois da chegada de Donald Trump à Casa Branca. “Esse filme demorou 8 anos para ser feito, e em outro contexto poderiam ter sido 9 ou mais. Mas o filme está aqui e agora, e parece significar mais coisas depois do dia 8 de novembro. Porque, agora, há a ideia de um Estados Unidos aceitável e de outro que será sufocado. E as pessoas respondendo que ‘não, outros Estados Unidos são válidos’”, afirmou Jenkins. A ressignificação de um filme que era uma lembrança do passado, uma denúncia sobre a marginalização social do liberalismo mais cruel dos anos 1990, e que agora se potencializa como um problema da atual Era Trump. E, sobre isso, o roteirista foi bem claro: “Algumas pessoas me dizem que Moonlight é tão poderoso que vai mudar as coisas, e penso que talvez ajude de fato algumas pessoas a encontrarem respostas. Mas as atitudes e os problemas que retrata não são históricos, estão aqui e agora”.

Narrativa sem armários

Para dar visibilidade a uma comunidade por outra perspectiva, uma narração diferente também deveria ser encontrada. E McCraney a encontrou justamente em sua biografia. É por isso que Moonlight se distancia da narração clássica que retrata a “saída do armário” do menino gay, porque a sociedade destruiu essa possibilidade para ele e o obrigou a enfrentar a intempérie de frente desde muito cedo. Desde quando era criança o chamavam de “bicha”, desde cada agressão por bullying que o etiquetava como um pária, e como Chiron, protagonista de Moonlight, McCraney sempre esteve consciente de que a sua identidade imposta é estar despido sem a sua vontade, inclusive antes de que esse sentimento pudesse ser compreendido em toda a sua dimensão sexual e sentimental. “Nunca passei por um momento em que saí do armário. Especialmente porque, como acontece no filme, as pessoas ao me redor me diziam que eu era gay. Nunca houve um momento em que tive que me sentar com todos e conversar sobre isso. Houve pequenos momentos em que eu estava com o meu namorado e tive que explicar ao meu irmão que era o meu namorado – não um amigo ou um conhecido, mas um namorado. Meu irmão me disse ‘ah, legal’, e foi isso. Houve um momento em que eu estava me relacionando com mulheres e com homens ao mesmo tempo, e de repente eu me dei conta de que queria ter mais do que apenas intimidade, que queria um relacionamento e que esse relacionamento que eu queria ter era com homens. Isso é o que é ser gay, para mim. Então disse a mim mesmo que tudo bem, que agora entendia por que dizem que sou gay”.

Toda a originalidade do filme, tanto em relação às situações eróticas quanto em relação ao relato de um menino que procura por amigos e por uma família enquanto tenta escapar da violência, não são adereços nem especulações para competir no mercado cinematográfico, mas testemunhos de uma forma de sobrevivência. “Não me sentei para idealizar o filme de uma maneira original, não como oposição a nada. Estava tentando ser justo com a obra de Tarell e com a vida de Tarell. Não é como se personagens como Chiron não existissem antes dela. É só que, no geral, as histórias não são contadas centradas neles. Houve um momento em que me dei conta de que haviam coisas que estava acontecendo diante da câmera que quase não tinha visto, ou nunca. Ver um homem negro nadar com uma criança negra no Oceano Atlântico, por exemplo, eu nunca tinha visto isso. Essa é uma imagem muito simples. Não é algo que se planeja para se quebrar um estereótipo”, declarou Jenkins, com sabedoria, desfazendo outra linha de interpretação.

Enquanto se fala de um cinema gay que combate os estereótipos (em que geralmente se trata de um gay “afeminado”, ou seja, com essa postura se negativiza as formas de comportamento femininas), em Moonlight se entrevê um cinema que busca novos momentos, novos erotismos, novas sensações a partir de corpos com suas peles brilhantes e molhadas enfrentando as ondas do mar, peles negras que se acariciam e descobrem uma intimidade única, em praias que não têm nada da Miami ensolarada e de peles douradas, porque as personagens habitam o contraponto, vão à praia em outros tempos, mais obscuros, fora daquele conhecido horizonte crepuscular. Pode-se dizer que a produção é queer em vários sentidos, todos eles muito íntimos, sem se impor a busca por deixar uma marca nova, mas apenas em seguir o caminho de uma liberdade vital guiada pelo seu roteirista, que foi absolutamente respeitada pelo diretor. “Até Moonlight, nunca tinha visto um homem negro cozinhar para o outro em uma tela de cinema. Mas eu queria que as personagens fosse livres inclusive de serem ‘inovadoras’ ou do ‘nunca antes’. E nos atribuíram essas coisas. Não se tratava disso”, disse Jenkins. Em Moonlight, portanto, não há uma preocupação exacerbada em ser original, mas justamente em respeitar a origem do sentimento.

A pele que habito

Tradicionalmente, a história do cinema descriminou a comunidade afro a partir de um ponto elementar: a sensibilidade da câmera utilizada na fotografia é regulada automaticamente para a pele branca. Jenkins, apesar de ter apenas 37 anos e de sua obra se inserir na era do cinema digital, sabe que encontrar um bom fotógrafo para um filme com atores de pele negra não é uma tarefa fácil. Ele sempre trabalhou com James Laxton, que cria imagens que se distanciam do realismo para entrar em um ponto onde a estilização nunca se satura. Em Moonlight, Jenkins tomou uma decisão visual provocativa: “O cinema tem pouco mais de 100 anos, e grande parte do que fazemos é baseado trabalho técnico com o material fotográfico, que foi desenvolvido para captar a pele branca. Sempre colocamos maquiagem na pele para rebater a luz. Mas a minha recordação ao crescer em Miami guardou uma pele negra, úmida e belíssima. E este filme tem a finalidade de refletir a consciência da personagem, tanto a de Tyrell quanto a minha, para ser verdadeiro. Para isso, passamos azeite sobre os corpos. Queria que a pele de todos tivesse um brilho que refletisse as minhas lembranças”.

Essa sensualidade do corpo negro úmido, com um brilho suave e sem a opacidade ocasionada pela maquiagem parece remeter a Madame Satã, filme do cineasta brasileiro Karim Aïnouz, que retrata a vida da figura quase mítica da cultura queer carioca. E não seria nada estranho que o diretor de Moonlight tivesse essa obra como inspiração, já que as principais referências do seu cinema são estrangeiras. A estrutura em três atos retratando etapas temporais diferentes de uma mesma personagem, por exemplo, foi inspirada em Three Times (2005), do taiwanês Hou Hsaio-Hsien, e o retrato da infância solitária e confusa deriva de Ratcatcher (1999), da cineasta escocesa Lynne Ramsay. Essas influências assumidas se unem a uma câmera lenta que sensualiza momentos triviais e remetem ao cinema de Wong Kar-wai, e uma versão de Cucurucucú Paloma, interpretada por Caetano Veloso, parece apontar para Pedro Almodóvar no excelente Hable Con Ella (2002). Nesse sentido, Moonlight olha mais para fora do que para dentro do cinema estadunidense, e parece atrair como um ímã todo o cinema autoral queer para depois projetá-lo na intimidade de uma história e em um entorno novo, colocando um novo olhar sobre o passado. Isso, contudo, deixa mais estranho o fato de que a Academia de Hollywood tenha reconhecido a força e a beleza desse filme indicando-o este ano a 8 categorias, sendo Jenkins apenas o quarto diretor afro-americano a ser indicado ao Prêmio mais conhecido do cinema e o primeiro a ser indicado às 3 principais categorias como melhor roteirista, melhor filme e melhor diretor. Por todo esse ineditismo, será que a culpa pelas pouquíssimas ou quase nulas indicações a afro-americanos nas edições anteriores do Oscar seriam capitalizadas por Moonlight? Talvez, embora isso ainda seja difícil de comprovar. O fato, no entanto, é que o filme possui qualidades notáveis que a Academia reconheceria nas indicações, mas talvez não tanto depois, na hora da premiação. Durante a cerimônia, no entanto, percebemos que a história parece ter mudado dessa vez, e talvez isso tenha ocorrido devido a enorme oposição no universo cinematográfico frente ao recém-empossado governo Trump. Jenkins, contudo, quando questionado em relação a ser um cineasta negro que atingiu um novo patamar no âmbito do Oscar, tem um pensamento crítico a esse respeito: “Tenho uma sensação ambivalente. Eu não seria a primeira pessoa que mereceria receber esse prêmio. Ficarei feliz quando já não houver espaço para os primeiros porque isso significará que as coisas mudaram. Não entendo como alguém como Spike Lee nunca foi indicado a esses três prêmios. Mas é importante destacar que não sou eu quem tem que romper essa barreira. Eu fiz apenas um filme. Quem coloca essa barreira é a Academia”.

Moonlight, cinema queer

Retrato triangular, Moonlight é um prisma identitário cujos lados são representados por três atores que interpretam a infância, a adolescência e o começo da idade adulta de uma mesma pessoa. Mas longe dos atores se parecerem fisicamente, cada um deles dá vida a uma corporalidade diferente: uma criança ágil e pequena conhecida pelo apelido Little; um adolescente magro, desengonçado e fugidio que recebe o apelido de Black; um jovem adulto musculoso e cheio de estilo chamado Chiaron. As três faces de uma espécie de geometria ziguezaqueante que, em sua metamorfose, na impossibilidade de reconhecer uma linearidade nesses três corpos completamente diferentes, já possui uma forma queer de ser, de não ter uma ideia monolítica e limitante da própria personalidade.

Essa forma de ruptura do comportamentalismo e do psicologismo próprio da mítica do personagem cinematográfico mainstream foi intencional desde o momento em que nenhum dos três atores teve contato com o trabalho interpretativo dos outros, e cada um deles desenvolveu a sua própria postura gestual e dramática frente ao olhar libertador de Jenkins. Se Judith Butler, como pensadora queer, propôs uma saída para a identidade, convocando a deixarmos de lado a ideia do idêntico e da noção totalizadora do eu, talvez esse filme de McCraney e Jerkins seja uma espécie de libertação para fragilizar essa cristalização pétrea do eu: representar a própria sexualidade e cor da pele a partir da multiplicidade, do mutável, deixar a estigmatização evidente. A fantasia sexual da personagem adolescente Black, por exemplo, é com seu amigo Kevin fazendo sexo com uma mulher: não se trata, portanto, de uma fantasia homoerótica típica, em que se exclui o lado feminino. É um desejo de erotismo queer, entre o bissexual e o gay, sem estar preso às imagens tradicionais. Por isso, a personagem vive esse seu erotismo como um sonho agitado, não com a sensação do prazer convencional: o sexo, ao mesmo tempo em que seduz, também desestabiliza, ocupa esse lugar onírico entre o pesadelo e a projeção, a inquietude do erotismo como celebração do sexo queer. E o próprio sentimento atual do roteirista reside em um lugar exterior à identidade estabelecida e em direção à gama de possibilidades eróticas: “Quando era criança, assim como no filme, me chamavam de ‘bicha’ e me rotulavam como gay em um momento em que certamente ainda não tinha estabelecido nenhuma atração sexual em homens ou mulheres. E, então, comecei a ficar confuso. Porque quando comecei a sentir atração sexual, me atraía por todo mundo, me deparei com um universo todo de atração. E isso ainda acontece comigo”. A única cena de sexo de Moonlight acontece iluminada apenas pela luz da lua em uma praia, de frente para o mar, com a espuma das ondas e o sêmen se encontrando na areia. E o horizonte dessa contraposição é uma linha instável, tem a fluidez de um oceano que se funde com o céu, que nunca será o limite.

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