A Família de Pascual Duarte, de Camilo José Cela, conta a história de um pobre camponês da região de La Coruña que, a partir do horizonte curto de suas perspectivas de vida e, apesar da boa índole e da retidão de caráter, se vê tendo de lidar com seus rompantes de violência e atos intempestivos. A obra, lançada no mesmo ano de O Estrangeiro, de Camus, 1942, deixa-nos sensações de espantos similares ao livro do autor argelino, principalmente naquilo que poderíamos chamar de uma perda de bordas e limites nos gestos descontrolados de suas figuras. O livro é, na verdade, o relato de Pascual Duarte, em carta, poucos dias antes de sua morte, na tentativa de revelar (a si mesmo? A quem?) os possíveis motivos que teriam levado ele a cometer seus atos mais vis e criminosos, alguns deles que atualizam, inclusive, o destino das tragédias gregas como Édipo, Antígona ou Prometeu.
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