Dramaturgo e mestre dos contos, o escritor russo Tchekhov é reconhecido como um dos maiores mestres da literatura.
Anton Tchekhov nasceu em 29 de janeiro de 1860 na Rússia. É reconhecido como um dos grandes nomes da literatura russa, ao lado de Fiódor Dostoiévski e Liev Tolstói, dentre outros.
Tchkhov inovou o gênero do conto e se tornou uma referência. Sua escrita ágil focava-se na experiência mínima da condição humana e permitia que daí se tirasse toda uma reflexão sobre a Rússia e sua época.
Mesmo tendo começado a escrever por questões financeiras, o autor acabou por influenciar imensamente o conto moderno com seu estilo.
Além de brilhante contista, Tchekhov também se destacou como dramaturgo. Autor dos clássicos “A Gaivota” e “Três Irmãs”, ele fez escola no teatro.
Algumas pessoas acreditam que ler os clássicos russos é uma tarefa hercúlea, talvez impossível. Mas a obra de Tchekhov mostra que ler os russos pode ser delicioso e pode mudar sua vida como leitor(a). Por isso, selecionamos 5 livros do autor para quem quer se aventurar pelo universo vasto dos clássicos da era dourada russa.
1- A dama do cachorrinho e outros contos
Os contos breves, precisos e tocantes de Anton Pavlovitch Tchekhov revolucionaram a maneira de escrever narrativas curtas, tornaram-se mundialmente conhecidos e influenciaram os principais escritores que se dedicaram ao gênero depois dele. Grande parte da originalidade de Tchekhov reside no papel fundamental que desempenham, em suas histórias, a sugestão e o silêncio, a ponto de, muitas vezes, o mais importante ser justamente o que não é dito.
Esta é uma coletânea de trinta e seis de seus melhores contos, selecionados e traduzidos diretamente do russo por Boris Schnaiderman, que assina também o posfácio e as notas à edição. De Nos banhos (1883) a A dama do cachorrinho (1899), que dá título ao livro e encerra o volume, o leitor poderá acompanhar o desenvolvimento da arte deste escritor que sempre colocou o homem como centro de suas preocupações, e que via na literatura um instrumento para sua emancipação.
Clique AQUI para comprar o livro
2- O duelo
Uma das mais agudas incursões de Anton Tchekhov (1860-1904) pela narrativa longa, O duelo narra a história de Nadiéjda e Ivan Laiévski – jovem casal de intelectuais que se muda de São Petersburgo para uma cidadezinha litorânea do Cáucaso, à beira do mar Negro, com sonhos de uma vida de trabalho simples e contato com a natureza. A perspectiva de idílio é ameaçada pelo caráter incerto de Laiévski, pelo jogo e pela bebida, e este acaba sendo desafiado para um duelo no qual certamente perderá a vida. Publicada em 1891, esta novela – que tem ecos do panteísmo de Tolstói, mas também da personagem Oblómov, de Goncharov – já foi adaptada diversas vezes para o cinema e o teatro.
Clique AQUI para comprar o livro
3- A estepe
Com A estepe, pela primeira vez Anton Tchékhov, aos 28 anos e já com vasta quilometragem como colaborador de jornais e revistas literárias, tentou produzir uma narrativa mais extensa. Tarefa desafiadora, mas, como se lê hoje, bem-sucedida. O subtítulo parece sintetizar a situação central: a viagem de um menino que parte para estudar em outra cidade e, para isso, percorre por alguns dias a vasta estepe russa. Mas também apresenta o caráter múltiplo do texto: um relato da experiência, uma narrativa ficcional, um estudo de tipos humanos, a pintura da natureza, além de retratos das atividades econômicas, das relações sociais e das mudanças de comportamento em curso.
Clique AQUI para comprar o livro
4- Um homem extraordinário e outras histórias
Além de ter escrito peças teatrais que se tornaram célebres, como O jardim das cerejeiras, Anton Tchékhov (1860-1904) gravou para sempre o seu nome na história das artes graças aos contos, gênero literário que praticou com maestria, em abundância e criando uma vertente nova. Exímio contador de histórias (Tolstói chamou-o de um incomparável artista da vida), pintou a Rússia rural e as pequenezas da condição humana. Os contos aqui reunidos são exemplares do estilo do autor. São atmosféricos, cheios de um sentimento de sabedoria e compaixão; a caracterização psicológica dos personagens e das situações têm mais peso do que eventuais reviravoltas de enredo. Com humor, perspicácia, honestidade e, sobretudo, amor pelas pessoas, a arte de Tchékhov demonstra através dos séculos o poder transcendente de sensibilizar e de, partindo de detalhes cotidianos, iluminar a vida humana.
Clique AQUI para comprar o livro
5- Minha vida
Em 1896, quando já gozava de grande fama como contista e consolidava seu nome como dramaturgo, Tchekhov publica Minha vida, uma de suas primeiras obras ficcionais mais longas. Nessa novela – que tem aqui sua primeira tradução direta no Brasil, realizada por Denise Sales, que assina também o posfácio à edição -, é narrada a história de Missail Póloznev, um jovem que não consegue corresponder às expectativas que pesam sobre seus ombros, fracassando sucessivamente em diversos empregos burocráticos. Ao assumir a modesta ocupação de pintor de paredes, ele rompe com as tradições familiares e com a hierarquia social, personificadas na figura de seu pai.
Acompanhando a busca do rapaz por um lugar no mundo, Tchekhov se debruça, com extrema delicadeza, sobre um tema pouco recorrente em suas histórias: o áspero universo do trabalho braçal, com sua aridez, seu desencanto, seus mujiques e patrões. Cenário sombrio, mas a partir do qual o mestre russo nos conduz a algo mais profundo, que transcende as formas usuais do debate ideológico, mostrando que é possível retratar as contradições da sociedade justamente pelo que nelas há de mais humano.
Clique AQUI para comprar o livro
*Sinopses retiradas do Skoob.